Bueno,
hoje abro espaço para uma questão que não é propriamente pertencente ao espaço da FURB, mas que é de grande importância para quem é cidadão, trabalhador e entende que o mundo não se resume aos muros da Universidade. Independente das questões ideológicas e posições políticas envolvidas, creio que deva ser observado por todos o relato que recebí da estudante Sandra. Aqui, mais do que a concepção do justo ou as opiniões sobre as formas de reinvindicação, cabe analisar os assédios e excessos de quem possui os mecanismos de controle.
Está lá fora, mas estamos de olho!
"TRABALHADORES TÊXTEIS EM GREVE
Os trabalhadores têxteis de Blumenau, Gaspar e Indaial, rejeitaram na Assembléia do dia 27 de setembro a proposta de 8% de reajuste apresentada pelo Sindicato Patronal. O salário inicial da categoria hoje é de R$497,00 e R$ 552,20 após 90 dias. A classe trabalhadora têxtil decidiu entrar em greve por tempo indeterminado.
Os primeiros trabalhadores a paralisar a produção foram os da empresa Cremer, às 13h30min do dia 06 de outubro (segunda-feira), tendo adesão da maioria dos funcionários. Em outra unidade da empresa, a Cremer Adesivos, os trabalhadores também aderiram à greve.
Na noite de ontem, (07/10 – quinta-feira), mais uma empresa foi paralisada. A empresa Hering, localizada na Rua Itororó, transversal da Rua dos Caçadores em Blumenau, foi paralisada na noite desta terça-feira. A paralisação teve início no horário de chegada dos trabalhadores do terceiro turno às 21h30min, como nas duas unidades da empresa Cremer a adesão à greve foi quase total.
Nesta empresa (Hering), no entanto, os patrões passaram a madrugada ligando para os funcionários, avisando que não deveriam aderir à paralisação, caso o façam perderão seus empregos. Aqueles funcionários que trabalharam sofreram todo o tipo de intimidação verbal para não aderirem à greve.
A intimidação na Hering está sendo tanta, que dentro dos portões da empresa, impedindo que o Sindicato converse com os trabalhadores, estão policiais da GRT (Grupo de Respostas Táticas), armados e munidos com spray de pimenta e bombas de efeito moral. Além de ter policiais filmando os grevistas.
Apesar das intimidações sofridas pelos trabalhadores, Sindicato e apoiadores, a adesão à greve só tem aumentado.
Até o início da tarde de hoje (08/10) não aconteceu nenhuma negociação, por tanto a greve irá continuar.
* Entidades que apóiam os trabalhadores têxteis:
Sindicatos dos Trabalhadores Bancários, Motoristas e Cobradores, Vigilantes, Metalúrgicos, Servidores Públicos da FURB, Servidores Municipais, Vidros e Cristais, Comerciários, Eletricitários, Construção Civil e Processamento de Dados, UGT.
Fórum dos Movimentos Sociais de Blumenau, MST.
Blumenau, 08 de outubro de 2008.
Sandra Tolfo
Estudante"
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
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