quarta-feira, 29 de julho de 2009

Enfim...

Em fase de prérretorno!

Abraços FURBservadores aos insistentes e aos incentivantes.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Mais organizado para os donativos

Por falta de conectividade, o texto de ontem só foi postado agora (leia abaixo também).

Agora final da manhã de 28 de novembro.
Aproveitei o toque de recolher para descansar bastante, apesar de que a impotência de não poder mais ajudar efetivamente, aliado às pancadas de chuva da madrugada aumentam a agonia e dificultam por demais o sono. Novos deslizamentos foram registrados na madrugada, mas felizmente as notícias dão contade que as casas atingidas já haviam sido evacuadas anteriormente. Hoje, ainda há grossas camadas de nuvens negras, mas há também grandes espaços onde o sol brilha forte e, pela primeira vez desde que vim a Blumenau, não me importo nem um pouco de "queimar o lombo". O tempo começa a limpar!
Os helicópteros voam como nunca e as equipes do exército e defesa civil têm melhores condições de trabalho.
Ontem o trabalho foi basicamente auxiliar a logística de distribuição da água. No dia anterior, bem cedo pela manhã, ajudei a descarregar um caminhão de água na EB Victor Hering. Com as notícias de que não mais havia água em alguns abrigos, o contato facilitado com membros da defesa civil (construído nos dias anteriores) me permitiu acesso mais facilitado aos coordenadores de cada abrigo e, com o auxílio dos voluntários a água foidistribuída aos locais mais precários. Com a entradade novos caminhões na cidade, grande quantidade de água já está disponível para distribuição na central (setor 3 da Vila Germânica), apesar de que o consumo é muito rápido e água potável sempre precisa.
O exército trabalha rápido na construção de pontes modulares e vai abrindo acessos (os relatos apontam que o Progresso e Zendron já estão acessíveis, rumo ao Jordão, Nova Rússia e áreas isoladas no Garcia, essa ainda cabe checar, mas pessoalmente acredito). As estradas pelo estado começam a ser liberadas e, principalmente na BR-101 já há vários trechos com meia pista liberada, principalmente para passagem de carga.
Segundo informações da Ana (ver comentário na penúltima postagem) faltam legistas para liberação dos corpos nos hospitais, o que reforça meu argumento de que a contagem (atualmente pouco mais de 20) de mortos não evolui por "falta de perna" nessa estrutura em específico. Tem que dar conta dos corpos do IML, dos hospitais, abrir os caminhões frigoríficos, recolher dos escombros, desenterrar, fora o que já "se deu jeito" (de maneiras diversas). Não é insensibilidade, precisa-se tratar essa questão que, acima de tudo, pode se constituir um grave problema de saúde pública.
Curtas e grossas:
- Apesar do toque de recolher e de todo o relatado, já há danceteria na cidade divulgando festa PARA HOJE!
- A imprensa nacional redescobriu Blumenau!!! A água já havia baixado quando começou-se a noticiar a tragédia, até então eram apenas notas de cheias em SC. Agora tudo que é caco de pseudo-celebridade jornalística ou não, recebe uniforme personalizado do exército e passeia de helicóptero. Se está sobrando, tem uma penca de voluntários desde domingo com a mesma calça, que já secou e molhou várias vezes. O trabalho das forças armadas tem sido excelente, mas tem coisa que é duro de ver por aí...
- POVO DO VALE: estamos apinhados de roupas!!!!! Já que não se coordena nenhuma comunicação nesse sentido, aviso eu:
Alimentos não perecíveis e roupas estão sendo enviados aos caminhões para cá e serão importantíssimos na fase de realocação dos flagelados, mas para já (e é por isso que direciono principalmente ao povo do Vale) precisamos doações de (sem ordem de importância):
1- Alimentos prontos (chocolate, biscoito, carnes enlatadas em geral, barras de cereal, etc. NÃO ARROZ, FEIJÃO E MACARRÃO COZIDO).
2- Material de higiêne pessoal (escova de dente, creme dental, sabonete, xampú, papel higiênico, fraldas para bebês e geriátricas, absorventes de todos os tamanhos, etc.)
3- Alimentos para bebês
4- Material de limpeza leve (detergente, sabão, desinfetantes, vassouras, baldes, rodos, etc.) e pesada (pá, enxada, etc.)
5- Água para consumo (preferencialmente em embalagens de 5 litros e menores).

No futuro, comecemos a pensar em tijolo e cimento...

POVO:
Nem Prefeitura, nem Defesa Civil, nem ninguém está ligando ou mandando motoboy para recolher doações em dinheiro!!!!! Não acredite!!!!! Pegue seu rico dinheirinho e deposite nas contas oficiais (existe para todos os gostos, Governo do Estado, Defesa Civil, cada emissora de tv tem uma, entidades filantrópicas, informe-se e direcione os recursos realmente para as vítimas).

A FAEMA ainda pede disponibilização de terrenos para depósito de barro e entulhos (aliás, não sei onde enfiaram todo o lodo que sumiu das ruas nos últimos 2 dias, ta louco).
Por último, uma ironia para quem conhece a cidade: o principal depósito de lama da região central é o tal "campo do BEC"...

Amigos, não se preocupem, nem cogito parar e muito obrigado pela força e manifestações.

De olho!

Só nos faltava essa...

Bueno,

agora temos TOQUE DE RECOLHER!!!! Como se não bastasse o caos e a tragédia já instalados, os vândalos venceram. Fazendo verdadeiros arrastões nas áreas mais atingidas, invadindo as casas abandonadas e roubando, principalmente eletrônicos, uma meia dúzia de marginais provocaram uma medida parecida com um toque de recolher, sem estado de sítio. Agora só se pode circular até as 22:00hs, sob pena de prisão em caso de descumprimento. A situação me parece pior em Itajaí, mas vamos lá, estamos todos nessa... São aproximadamente 23:30hs do dia 27 de novembro e, conforme formato já adotado, começamos com o trágico e seguimos no alento:
O pelotão de engenharia do exército está por aí fazendo pontes e construindo acessos em tudo que é acesso destruído. Ontem, no fim da tarde, conseguiram acessar o bairro Progresso. De madrugada a chuva interrompeu o acesso outra vez. A passagem deve estar sendo reaberta, porém a Nova Rússia e Jordão continuam esperando. Com a chuva da madrugada, parece que mais algumas casas deslizaram, os relatos são os mais diversos, mas se repete mesmo que a rua São Bento cedeu. Ainda busco checar isso.
Hoje, após a postagem anterior, arrumei carona com um fiscal da prefeitura e fui dar uma olhada na região do anel viário norte e República Argentina. Desmoronou muita coisa lá, tem face de morro que simplesmente "pelou", a escola usada como abrigo está sob risco e deve ser desocupada, no anel viário as alças da cabeceira foram seriamente afetadas. A situação é braba, muito deslizamento por lá e, apesar de não avistar corpos, o cheiro torna a coisa muito preocupante. Um fedor de carne podre aliado ao odor do lodo misturado com esgoto lembram o risco de contaminação. Já há a recomendação de incinerar cadáveres de animais encontrados, com álcool ou gasolina. O governo federal desloca a equipe da segurança nacional especializada em resgate de corpos e se, aliados à vigilância epidemiológica, não começarem logo o trabalho, por mais impactante que seja, o jeito vai ser incinerar corpos humanos também. Os relatos de que, nas comunidades que ficaram isolados, as pessoas já estão sendo enterradas, em quintal de casa, terrenos não utilizados, etc. se multiplicam. Já há trabalhadores no morro com máscaras, os dias passam e acoisa começa a complicar, o medo de contaminação e epidemias aumenta.
Vamos às boas: os caminhões começam a conseguir chegar em Blumenau. Carregamentos de colchões, água e alimentos de todas as partes do país acessam o estado e, com alguma liberação nas estradas, já descarregam a preciosa carga melhorando a situação de suporte aos flagelados. A Petrobrás passou um caminhão tanque pelas barreiras e o fornecimento de gasolina torna-se novamente possível. A prefeitura informa que as aulas do ensino fundamental estão canceladas nesse ano, os alunos que possuem média e frequência suficiente serão aprovados e os outros terão possibilidade de adaptação no início do próximo ano letivo. Vacinas contra tétano e antibióticos para profilaxia têm a distribuição melhorada (e já me atraquei também), contudo cresce a preocupação quanto à leptospirose e epidemias diversas devido à possível contaminação da água. Os trabalhos na adutora rompida da ETA2 (responsável por 70% do fornecimento de água da cidade) avançam rapidamente. Restabeleceu-se hoje o fornecimento em 30% da capacidade desta estação, dia sim, dia não. A água ainda não está boa, mas volta a chegar e representa uma melhora indescritível na condição de higiêne dos abrigados ou não (experiência própria).

Incansável e de olho!

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Poucas novas e novas velhas

Bueno,

12:00hs de 27 de novembro. As condições psicológicas de manter o relato mais concreto e menos emotivo dão cada vez mais trabalho. Nunca me considerei muito "fresco", mas a realidade está realmente bem pesada. Atualmente, apesar da ridícula divulgação de óbitos confirmados, pelo pouquíssimo que circulei e o que ví, não há quem me convença que as mortes na região Blumenau-Gaspar-Ilhota-Luís Alves se limitem às poucas centenas. Mas vamos lá:
O dia de ontem foi como o anterior, só que com muito mais corpos. É importante fazer o registro de que a geografia da cidade mudou. Morros mudaram de lugar, fora os que simplesmente "encolheram". O número de mortes confirmadas não evolui pelo simples fato de que não é a principal preocupação nesse momento, haja visto que ainda existem comunidades isoladas, alimentadas por helicóptero, mas inacessíveis para resgate por terra. Ainda assim o trabalho é hercúleo, acessos são providenciados em lugares onde parecia impossível e as pessoas estão sendo resgatadas.
Os abrigos parecem bastante bem servidos de roupas, sendo mais necessário alimentos não perecíveis, água potável, material de limpeza leve (vassouras, baldes, detergente, etc) e pesada (pás, enxadas...) para doação, material de higiene pessoal, fraldas (inclusive geriátricas), colchões e cobertores. Com os caminhões circulando, principalmente entre os abrigos centrais, a distribuição está mais efetiva, funcionando agora a partir dos pavilhões da oktoberfest.
Choveu a noite toda, de forma fraca, porém intermitente. Ainda assim os helicópteros do exército não param. Porém as áreas de risco aumentam (conceito que entrou em desuso, até então em Blumenau área de risco era local alagável e morros com risco, mas nessa catástrofe desabou tanta coisa em tanto lugar que praticamente não existe mais "área sem risco"). Essa reunião de enchente, enxurradas, deslizamentos e incêndios fazem com que, mesmo as pessoas que passaram pelas grandes cheias de 83 e 84, quase unanimemente considerem o que ocorre atualmente, muito mais destrutivo e trágico. Para os de fora, naquela época a enchente chegou a 17m, nesse ano o pico foi 11,57m. A enchente foi de médio porte, mas as enxurradas fizeram subir as águas em lugares onde enchente não chega. Muitas galerias destruídas e vazão de água por cima das ruas e não por baixo. Isso é o que faz de Blumenau e arredores particular. Nas outras regiões, em geral o problema é a cheia (sendo em Itajaí calamitosa), mas aqui tem de tudo.
Curtas:
- Os relatos matutinos dão conta de que houveram desabamentos por aí pela madrugada, mas as informações são muito desencontradas e informo quando a coisa for mais confiável.
- a grande maioria das rodovias seguem bloqueadas e não devem ser usadas. Já é possível chegar no litoral e no RS (pela 282), mas possível não significa recomendável, está tudo muito precário ainda. Saída para Massaranduba e 470 completamente bloqueadas e sem previsão para liberação.
- As contas disponibilizadas para doações para Santa Catarina já somam 1,2 milhão (boa!).
- O Lula sobrevoou Itajaí e vai abrir a carteira (boa também!).
- O rio aqui, atualmente, não é mais problema (4,60m acima do nível normal, o que não alaga nada).

Os textos vão ficando de pior qualidade, mas não estou revisando mais, vou priorizando a informação. Sei que quem lê entende.

Correndo e de olho!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

E eu queria conhecer Sarajevo...

Bueno,

são 19:00hs do dia 25 de novembro. Hoje o dia foi bastante pesado. Na noite de ontem me dei ao luxo de voltar pra casa e tentar descansar um pouco. Até a meia noite, passei os informes via internet aos amigos que necessitavam de informação e me solicitaram. Da meia noite às 3:00 consegui dormir um pouco e, após uma magnífica xícara de café preto, novo em folha me apresentei no abrigo da Escola Básica Victor Hering. Em menos de 15 min, estava sentado em um jipe ajudando a defesa civil na distribuição de água para o pessoal que abria as barreiras no bairro da Velha. A dimensão da tragédia vai se tornando hora a hora mais presente. Na primeira barreira, um morro desabado, onde apenas meia pista foi liberada, a terra foi empurrada para o outro lado da pista, mas em meio à terra emergiam braços e pedaços de gente. Na segunda barreira estava o pessoal trabalhando, entregamos a água e saímos rápido, mas as cenas são chocantes. Volta e meia aparece algo queimando, incêncios esparços, muita gente morta, o cemitério da João Pessoa realmente espalhou caixões, lápides e cruzes pela via... realmente calamidade pública. Uma verdadeira praça de guerra para quem cruza essa cidade, esta é a melhor definição. Quando achei que comparar a Sarajevo era meio exagerado, olho pro lado e vejo um tanque de esteira passando cheio de milicos.
Bem, no meio de tanta miséria há o alento. O rio baixou e o trabalho de desobstrução das vias foi fantástico. Nas últimas 24hs todas as principais ruas do centro e as arteriais pros bairros foram desobstruídas. Chegamos facilmente à Fortaleza, Velha e Garcia. Chegar é uma coisa, entrar é outra. A circulação, principalmente das equipes de resgate, já está bem mais facilitada e as coisas vão se ajeitando. Quem está isolado está sendo abastecido com comida e medicamentos por helicóptero. Vários locais já foram acessados e os resgates realizam-se a todo instante. Os abrigos estão relativamente abastecidos e funcionando. As equipes de distribuição de mantimentos, remédios e roupas se deslocam de maneira até satisfatória em meio ao caos instalado.
O principal problema, para além do que naturalmente já ocorreu é o risco de novos desabamentos, mesmo não estando chovendo. Os morros estão encharcados e a terra esgotada, as áreas de risco são múltiplas.
Os curiosos e gente que não tem o que fazer também atrapalham bastante a circulação das equipes e as pessoas ainda precisam ter a sensibilidade de que ajudam mais ficando em casa. Os saques às residências e lojas abandonadas é outro problema na cidade. Hoje, ao contrário de ontem, não encontrei ninguém lavando calçada e carro com água potável, deve ter acabado... A água ou a cara de pau.
O SINSEPES agora é ponto de arrecadação e encaminhamento dos donativos, vamos aos poucos contatando os colegas para saber de eventuais situações de fragilidade e ajudar no que podemos.

Trabalhando e de olho!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

As últimas - relato mais completo

Bueno,

São quase 16:00hs. Nesse momento há condições de dar notícias um pouco mais precisas e principalmente para os amigos fora de Blumenau que necessitam de informações. O negócio por aqui é caótico! O rio está baixando rápido, devemos beirar os 8 metros acima do nível ao final da tarde. Isso desobstrui (pelo menos de água) praticamente todas as ruas da cidade. O problema é que, aliado à enchente, temos fortíssimas enxurradas, desmoronamentos em todos os bairros, explosões de gasodutos (localizadas na região de Gaspar). Os gasodutos estão sob controle, entretanto ainda há diversos incêndios relatados e muita, mas muita gente em locais inacessíveis, isolados pelas quedas de barreiras e em situação de risco de soterramento. Todos os bairros foram atingidos, mas a coisa é gravíssima, segundo os relatos, no bairro da Velha, Fortaleza, Beco Araranguá, Morro da Garuva e Belchior e Baú, em Gaspar. As notícias de isolamento e pedidos de socorro são constantes, a defesa civil, corpo de bombeiros e exército atuaram em condições precaríssimas durante a madrugada, com impossibilidade de resgate em diversos locais (veja postagens anteriores). Hoje o grosso do equipamento do exército e marinha começou a chegar, com helicópteros de resgate e barcos a motor as coisas melhoram. Os bairros Progresso, Badenfurt, Vila Itoupava, entre outros ficaram absolutamente incomunicáveis desde ontem à tarde. O cemitério da rua João Pessoa cedeu e há relatos, que ainda não confirmei, de que espalhou caixões pela pista. O São José também teria desmoronado. A BR-470 está completamente interrompida em Gaspar, a BR-101 estácompletamente interditada em Palhoça e Itajaí, sem previsão de liberação. O litoral é inacessível! a única saída da cidade é para Indaial, via rua Bahia, mas a cabeceira da Ponte Salto está em meia pista. Entretanto, não há como chegar ao litoral, nem via Lages, existem diversas barreiras mais a frente. A SC por Massaranduba também está bloqueada por um grande desmoronamento.
Não vou reproduzir o sem número de relatos e focos de pedidos de socorro, que é situação generalizada na cidade. Atualmente são 13 mortos confirmados, 8000 desabrigados, 7 desaparecidos (números atuais somente de Blumenau), mas muitas localidades não foram acessadas e a tendência é de alta dessas fatalidades.
Os resgates continuam acontecendo e os abrigos estão sendo ocupados, sendo realmente o melhor local para a maioria da população dos locais de risco.
Para os moradores, a orientação segue a mesma, permanecer em casa, se local seguro, só sair em caso de extrema urgência. Muitas ruas seguem obstruídas e as equipes de resgate e obras precisam de trânsito livre. Não existem mais as ruas de mão única e a sinalização está em desuso, portanto mesmo aos pedestres aconselha-se a não circulação. O abastecimento de água não tem prognóstico otimista de retorno, a energia elétrica vai aos poucos tendo fornecimento restabelecido e as linhas telefônicas são caóticas.
Por enquanto não foi anunciado nenhum plano captação de donativos, nem mesmo auxílio financeiro, portanto aos que residem fora, resta esperar um pouco.
NOTÍCIA DE TEMPO REAL: nova explosão no Gasoduto Bolívia-Brasil e fornecimento interrompido também para o estado do Rio Grande do Sul.

Tão logo existam notícias e condições procuro informar um pouco mais aqui.

Trabalhando e de olho!

domingo, 23 de novembro de 2008

O nível do Itajaí-Açú vai baixando!

Bueno,

são 5:40, o rio está baixando (11,02m às 5:00hs) e 22 desabrigados estão alojados na FURB. Sim, teve gente que veio meio a nado durante a madrugada. A equipe do exército vai se mobilizando para sair de bote em busca de pessoas a socorrer e donativos (precisa comida, roupas, mas principalmente colchões e roupa de cama, pois o número de pessoas abrigadas tende a aumentar bastante a partir de agora). Por aqui, a TV voltará a transmitir por volta das 06:00. Já estão todos de volta, os que dormiram e os que não.
A previsão é de que atinja-se o nível de 10m entre as 8 e 9 horas da manhã. Enfim, boas novas. Agora se intensifica o trabalho de resgate, deslocamento das vítimas para os abrigos e a necessidade de atender esse povo.
Baseando-se pelos relatos do dia de ontem, o tamanho e quantidade dos estragos pela cidade, somados aos relatos da madrugada, certamente teremos meses de intenso trabalho para recuperar a estrutura. Porém, o momento agora é de atenção às vidas humanas. Infelizmente, a tendência é de que as notícias apontem para muitas baixas.
As recomendações continuam inalteradas desde a postagem anterior, fiquem em local seguro!

Enfim, ao trabalho e de olho!

Dia 24 é FERIADO!

Bueno,

são 3:30 da manhã do dia 24/11. Estou na magnífica companhia de Ana Paula Russi, porém em uma situação pela qual ninguém gostaria de passar. A cada hora ela e Marcel entram ao vivo pela FURBFM com a última medição do Itajaí-Açu e demais informações. Parte delas repassadas pelo 3321-0600 que estou pilotando na madrugada.
Me apresentei no abrigo do Ginásio de esportes às 20:00 do dia 23, quando a situação da cheia do rio, das enxurradas e dos desmoronamentos já encontrava-se caótica. No caminho, apesar de transitar em locais onde tradicionalmente as enchentes não chegas, ví e cruzei muitas ruas complicadíssimas. Enfim, chegando procurei prestar auxílio na instalação dos militares e ajudar na recepção dos primeiros desabrigados. Praticamente não havia chego ninguém e, ao receber algumas informações sobre pedidos de socorro, os militares começaram a se aventurar pela rua Antônio da Veiga com um único bote, dois remos e apenas uma lanterna. Fizeram, imagino, apenas duas viagens e às 22:00 encerraram a operação. A Antônio da Veiga estava como um leito de rio, com fortíssima correnteza e os militares muito preocupados. Nas horas que se seguiram, recebíamos informação do rio subindo, um ou outro grupo de desabrigados que conseguia vencer as águas e chegar ao abrigo, mas a situação era terrível. O abrigo da FURB ficou ilhado, as pessoas não conseguiam chegar e os militares não conseguiam sair em resgate. Sobrou atender às pessoas que se instalaram e ficar com a notícia e a impotência. Definiu-se que, ao amanhecer serão realizadas novas tentativas, pois sair numa corrente daquelas com apenas uma lanterna é praticamente suicídio e tem muito pouca efetividade. Estabelecidos turnos de descanso e preparação para a próxima manhã me tornei de pouca valia. Assim, desde a 1:00 estou no telefone da rádio. Todos tentam dormir, uns poucos conseguem e confesso, se eu estivesse entre os tentantes, não conseguiria. Há uma hora as coisas se acalmaram, concomitantemente com as notícias de que o rio começa a baixar, mas até então eram desmoronamentos, incêndios, explosões, famílias isoladas, desesperados pedidos de socorro e todo tipo de tragédia ao mesmo tempo. O trabalho agora é procurar fazer alguma informação chegar à Defesa Civil, Corpo de Bombeiros ou alguém que esteja em condições de ajudar. A equipe do Núcleo de Rádio e TV tenta descansar um pouco, uma vez que reestabeleceremos as transmissões às 6:00 na Rede Solidariedade - FURBTV, FURBFM, TV GALEGA e TVL. No que posso, estou ajudando a segurar as pontas na madrugada para liberá-los mais. O trabalho do NRTV e dos voluntários aqui, daqui a pouco já recomeça hercúleo.
A boa nova é que a chuva dá trégua, o rio está baixando, mas ainda assim a recomendação é de que se permaneça em local seguro.
Dia 24 é um feriado informal (ou até que se torne formal), portanto que seja tratado como tal. Não há dia letivo, não há expediente de trabalho, tem-se muito a recuperar.
Que se fique nos locais mais seguros, que só se saia às ruas em caso de extrema necessidade. Não há passagem nas principais ruas, a sinalização não é mais respeitada e as pessoas estão em desespero, portanto pedestres também correm grande risco.
É hora de checar nova medição (que deve ratificar a baixa do rio, ainda bem), daqui a pouco o reitor e o Marcel reaparecem para o boletim com a Ana.
De toda a minha inclinação ao engraçado-sarcástico, a única piadinha que fui capaz de soltar hoje foi dar um tapinha nas costas do reitor e dizer que podemos divulgar que é a primeira ação conjunta das equipes da reitoria e a nova direção sindical. Entretanto, as piadinhas não cabem hoje.

De olhos abertos e orelha no telefone!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Algumas horas com Salim

Bueno,

Duas boas novas:
1-Restabeleceu-se meu sinal de internet e isso me facilita por demais as coisas.
2-Salim Miguel esteve aqui e lançou seu novo romance.

Ontem, após aquilo que, em dados momentos, chamou-se de “dilúvio” (e que nos olhos dos participantes tinha o exagero diminuído), a comitiva do Salim Miguel apresentou-se com algum atraso aos presentes no auditório da biblioteca. Após superar as dificuldades do percurso Floripa-Blumenau, Salim e sua esposa Eglê externavam bom humor. Foram recebidos pelo Vice Reitor, Romero Fenili, e sempre acompanhados pelo Viegas. Na platéia, as histórias do autor mantinham atentos servidores da FURB, estudantes e colegas escritores, como Urda Alice Klueger e Maicon Tenfen.
Salim começou a fala, não abordando o livro e nem a história de vida, mas protestando quanto a um tema bastante relevante. Disse não entender, como os governadores do “sul maravilha” são justamente os que encabeçam a resistência quanto à fixação do piso salarial para a carreira docente. Essa é uma medida de abrangência nacional e poucos governadores se pronunciaram em protesto, entretanto entre os poucos estão os três governadores da região sul. Salim fez referência ao nordeste brasileiro, onde considera-se que a situação é mais precária e os estados mais carentes, numa realidade em que, do norte-nordeste apenas um governador se coloca em desagrado. A crítica foi feita, de forma clara, e durante a palestra sustentada pela posição do autor de que a cultura e a educação são as áreas onde por último se investe, mas são as principais constituintes da história de um povo.
Então Salim contou um pouco sobre sua história como escritor, o processo de produção dos seus textos, desenvolvimento dos personagens, seu relacionamento com os leitores, além de apresentar “Jornada com Rupert”, o lançamento da noite (assim como a 5ª edição de Nur na Escuridão). Muito do que o escritor abordou, está publicado na entrevista que concedeu ao Viegas, publicada no Sarau Eletrônico, entretanto a forma vívida com que Salim se expressa, arrancou sorrisos e manifestações de simpatia do público em diversos momentos.
Após a fala, Salim respondeu a algumas perguntas e concedeu uma sessão de autógrafos.
Particularmente, sempre considerei importante conhecer os autores daquilo que leio (e, frquentemente, me pego lendo após conhecê-los). O contato com o ser humano, em um contexto onde o objeto não é um produto revisto e por vezes acabado, permite uma maior riqueza da análise e atribui um significado diferenciado ao texto propriamente dito. Sinto-me mais íntimo. Nesse sentido, a visita do Salim foi especialmente agradável. Por conta do problema de visão, implicando inclusive em dificuldades de locomoção, trazer o Salim de Florianópolis e sua apresentação tão disposta, além do relato tão humano e envolvente tornaram o evento realmente imperdível. E teve gente que perdeu.
Parabéns à equipe do Sarau Eletrônico, Edifurb e demais setores e servidores envolvidos no lançamento e na visita do Salim.


Continuamos de olho!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Palestra e lançamento do livro "Jornada com Rupert", de Salim Miguel

Bueno,

ando bastante atrapalhado e brigando com meu provedor, sem acesso residêncial à internet há mais de 15 dias. Além disso, estou atualmente na Coordenadoria de Apoio ao Estudante e não mais na DRA. Ainda assim, do jeito que dá, utilizo o espaço para lembrar e recomendar a todos o lançamento do livro Jornada com Rupert, do líbano-biguaçuense (como ele mesmo se refere) Salim Miguel, com palestra do próprio autor. Ocorrerá às 19hs do dia 13/11 no auditório da Biblioteca Central.
Como prévia, recomendo ainda a interessantíssima entrevista concedida ao Sarau Eletrônico: http://www.bc.furb.br/sarauEletronico/index.php?option=com_content&task=view&id=106&Itemid=32
O autor é nacionalmente reconhecido e detentor de importantes prêmios, entre eles o Jabuti e o Trofeu Juca Pato, da União Brasileira dos Escritores e Folha de São Paulo, como Intelectual do Ano. Traz ainda no currículo a direção da Editora da UFSC e da Fundação Cultural Franklin Cascaes. Imperdível!
Jornada com Rupert pode ser adquirido no lançamento ou na livraria da FURB, ao custo de R$22,00.

Prestigiem e não deixem de ler a entrevista no Sarau, é de fato uma história de vida interessantíssima.

Nos vemos no lançamento e continuamos de olho!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Nem tudo são espinhos...

Bueno, conforme anunciado em postagem anterior, hoje ressalto uma grande tacada da administração. O CONSAD, tão regularmente criticado, aprovou o piloto de concessão de bolsas para estudantes de cursos de demanda social.
Serão contemplados, já a partir do semestre 2009/1, com bolsa de 40% os estudantes dos cursos de Ciências Sociais, Matemática, Pedagogia e Serviço Social. Para usufruir desse benefício é exigido dos estudantes:

- Matrícula mínima de 85 Créditos Financeiros no semestre.
- Aproveitamento escolar semestral de, no mínimo, 75%.
- Ser adimplente com as obrigações contratuais e financeiras perante a FURB.

Além disso, para manter a bolsa, é necessário respeitar as seguintes limitações:

- Trancamento limitado a no máximo 2 semestres.
- Em caso de transferência entre esses cursos, só é permitida no semestre subsequente ao ingresso, deduzido o benefício já recebido.
- Não efetuar transferência para cursos não previstos para a concessão desta bolsa.

O piloto proposto previa apenas os cursos de Matemática, Pedagogia e Serviço Social. Ciências Sociais foi admitido na própria reunião do CONSAD, tendo sua vinculação defendida de forma quase unânime pelos conselheiros (outro acerto).
Tudo bem, existem outros cursos que devem ser incluídos, existem cursos de áreas muito afins e de critérios idênticos que não foram contemplados. Entretanto, prefiro nesse momento acreditar que o piloto dará certo, que em 2009/2 já teremos mais cursos incluídos e que todos os de demanda social serão contemplados (me tornei um otimista?). Mediante a iniciativa, vale o voto de confiança.

Meu rei, essa valeu ponto!

Estamos de olho!

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

As últimas do Comitê Pró Federalização da FURB

Informe Eletrônico – FURB Federal

31 de outubro de 2008.


Após amplo processo de mobilização, realizado pelo Comitê Pró-Federalização da FURB no primeiro semestre deste ano, obtivemos a retomada das negociações regionais e nacionais para viabilizar a implantação do Projeto FURB Federal. O Plano de Trabalho do Comitê, para este semestre, contempla um conjunto de ações voltadas ao fortalecimento político da proposta, bem como para a viabilização de um grupo de trabalho, a ser criado a partir do MEC, que realize os estudos necessários à implantação de uma universidade federal na região.

Faz-se necessário reconhecer que, neste semestre, enfrentamos uma conjuntura distinta daquela do semestre anterior, o que pode ser percebido como relativa desmobilização. O período eleitoral suscitou dificuldades de mobilização do Comitê e comprometeu a construção da agenda de negociações com o Governo Federal. No entanto, houve um conjunto de iniciativas implementadas, as quais apontam tanto para a manutenção quanto a avanços na execução do Plano de Trabalho. A seguir, participamos aos interessados a avaliação que fazemos:

a) O Comitê passou a integrar, juntamente com a Reitoria, o Grupo Executivo (GE) – a partir de uma decisão do CONSAD e do CONSUNI – com a missão de articular a agenda de negociações.

- O GE elaborou um documento, que pode ser considerado como carta de intenções, explicitando a proposta e as condições de sua implementação, à luz do resultado do plebiscito. O documento será apresentado na próxima reunião do CONSUNI.

- O Grupo Executivo coordenou a elaboração de uma agenda de contatos políticos com o objetivo de obter apoio para a inclusão do tema nas considerações do Ministro da Educação. A senadora Ideli Salvatti mantém, para este efeito, a condição de interlocutora com o MEC. A ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Dilma Rousseff, recebeu o material e expressou apoio à proposta. Por sua vez, o deputado federal Cláudio Vignatti (que coordenou a criação da Universidade Federal da Fronteira Sul) igualmente convenceu-se da pertinência da proposta e passou a apoiá-la. O vice-governador de Santa Catarina, Leonel Pavan, em audiência com o Grupo Executivo, reafirmou seu apoio e informou que, no trâmite do Projeto de Lei que apresentara na condição de senador, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado reconheceu a adequação da proposta que estamos discutindo com a comunidade (em breve disponibilizaremos o parecer do senador Eduardo Azeredo ao projeto).

- Durante a Audiência Pública do Fórum Parlamentar Catarinense, reunido no propósito de se definir as prioridades orçamentárias dos catarinenses para o exercício de 2009, e encaminhá-las à União, a FURB Federal foi reconhecida por todos/as presentes como uma das prioridades regionais. O deputado Cláudio Vignatti comprometeu-se a apresentar emenda orçamentária para que possamos, durante o próximo ano, elaborar o projeto de viabilidade da FURB Federal.

b) Além das ações no Grupo Executivo, o Comitê publicou o Boletim FURB Federal nº 3 (tiragem de 15 mil exemplares), distribuído nas comunidades universitária e regional, organizou a participação no Grito dos Excluídos e, no momento, labora no ciclo de debates sobre a Universidade Pública. Iniciá-lo-íamos com a presença do professor Ronaldo Mota (ex-secretário de Educação Superior do MEC), mas dificuldades de compatibilização das nossas disponibilidades de auditório com as possibilidades do professor fizeram-nos adiá-lo para o mês de fevereiro do próximo ano.

Entendemos que o processo avança, embora ainda não com a celeridade desejada. Contudo, dada a complexidade do tema, asseguramos apoios importantes para que possamos obter êxito na definição de uma agenda com o ministro da Educação.

Por outro lado, o Comitê tem realizado reuniões periódicas da sua Coordenação Colegiada (instituída em agosto), em estreita sincronia com suas atividades de secretaria, e retomará suas reuniões plenárias.

Com o término do período eleitoral, e a proposta da FURB de contribuir com o MEC na instalação em Blumenau da sede do Instituto de Ensino Tecnológico (IFET), temos uma perspectiva mais otimista quanto ao empenho político para a definição da mencionada agenda com o ministro da Educação.

Continuamos empenhados nesta luta e contamos com a participação de todos/as.


Coordenação do Comitê Pró-Federalização da FURB



Estamos de olho!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A retomada

Bueno,

foram 12 dias de ausência. Durante o processo eleitoral do SINSEPES, tarefas de campanha, reuniões frequentes para afinar as posições de um numeroso e participativo coletivo de trabalhadores, o blog ficou meio negligenciado. Entretanto, apesar de não escrever, foi possível observar muita coisa nessa universidade. Obtivemos grande êxito! O resultado das eleições que conduzem a chapa UNIDADE E LUTA à diretoria do sindicato é uma demonstração clara de que a mobilização coletiva, tal qual a que resultou na greve de 2007 e Movimento 13 de Julho, constitui o caminho a seguir na organização sindical.
Foram 242 votos de confiança em um trabalho agregador, participativo, combativo e capaz de analisar, contribuir e construir soluções em defesa dos trabalhadores frente aos desafios e turbulências que virão. Parabéns a todos que se envolveram direta e indiretamente, aos que sustentaram esse envolvimento, aos que enfrentaram as dificuldades e obtiveram essa grande vitória coletiva!

Quanto a este espaço, retomo hoje as postagens diárias. Esse blog continuará existindo independente da estrutura sindical e aberto a todos os FURBservadores.
Nos próximos dias o resumo da reunião do CONSAD que definiu o piloto do programa de bolsas de 40% para cursos de demanda social e apresentação da PROGEF sobre a ação do Ministério Público. A reunião foi há cerca de 10 dias, mas os assuntos são atuais.

Contribuições continuam recebidas pelo coloradofanatico@gmail.com

Continuamos de olho!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Eleição SINSEPES

CHAPA 2 CONVIDA

ELEIÇÕES SINSEPES NESTA TERÇA-FEIRA


CHAPA 2 – UNIDADE E LUTA

Propostas e Comprometimento

No dia 28 de outubro, próxima terça-feira, todos os servidores da FURB filiados ao SINSEPES estão sendo convidados para votar e eleger a nova diretoria sindical. Considerando o momento histórico vivenciado pela FURB e com o indicativo de uma reforma administrativa que poderá alterar nossos direitos e condições de trabalho, torna-se fundamental a construção de um sindicato forte, representativo e capaz de dialogar com todos os setores da nossa FURB.

A CHAPA 2 – Unidade e Luta é resultado do esforço coletivo de colegas técnico-administrativos e docentes para compor uma direção sindical amplamente renovada, com o objetivo de manter a luta em defesa dos nossos direitos através do fortalecimento da representatividade sindical e da relação com os demais trabalhadores e movimentos sociais.
Defendemos a democracia participativa como princípio fundamental nas discussões e na tomada de decisões. Assim, incentivaremos a pluralidade de idéias, em favor da independência política, social e econômica do SINSEPES.
Dentre nossas propostas, destacamos:

Postura clara em defesa dos interesses dos servidores, especialmente os relativos à remuneração e às condições e relações de trabalho.
Propor e defender a revisão do peso do voto nas eleições internas (Reitoria e direções dos Centros).
Manter direitos já conquistados e lutar por novas conquistas, como a Creche da FURB.
Reuniões periódicas da direção do SINSEPES nos locais de trabalho.
Repensar os meios de comunicação sindical, estabelecendo uma periodicidade para o jornal do SINSEPES, reformulando a página na Internet, retomando e reformulando o programa Cidadania em Debate e procurando criar um espaço sindical na Rádio FURB FM.
Participar ativamente do Movimento pela Federalização da FURB e defender de forma intransigente o caráter público, o financiamento público e o comprometimento social da Instituição.
Proporcionar formação e capacitação aos filiados do SINSEPES.
Ampliar o número de filiados e debater a filiação do SINSEPES a uma central sindical.

As propostas acima são apenas parte daquilo a que se propõe o grupo de servidores que integram e apóiam a CHAPA 2 – Unidade e Luta. A íntegra das nossas propostas está disponível em nossos materiais impressos. Vale lembrar que a CHAPA 2 é resultado da união de muitos esforços, agregando servidores de todos os setores e departamentos da FURB que, desde a greve de 2007, vêm se reunindo e debatendo a respeito das dificuldades e dos desafios que teremos que enfrentar.
Nossa Direção está composta por: Tulio Sant'Anna Vidor (Presidente); Luiz Henrique Costa (Vice-Presidente); Joni Júlio Evaristo (Secretário Geral); Ricardo Machado (1º Secretário); Luiz Heinzen (Tesoureiro Geral); Rita de C. S. Rebelo (1º Tesoureiro); Glauco A. Espíndola (Dir. Jurídico); Thomas da Rosa (Dir. de Imprensa); Catarina de F. Gewehr (Dir. de Formação); Mariana Freitas (Dir. de Cultura). O Conselho Fiscal é composto por: Simone Wagner Rios Largura, Osnildo Marcos Rodrigues, Rita de Cássia Marchi, Rúbia Carla Ribeiro, Décio Zendron e Natacha Juli Georg.

Lembre-se, além de propostas, a CHAPA 2 – Unidade e Luta apresenta colegas comprometidos com as lutas dos servidores da FURB.

Analise, reflita e compare. A sua decisão fará a diferença.

Com nosso respeito,

CHAPA 2 – Unidade e Luta

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

o contrato e a representação estudantil

Bueno,

o dia do professor é marcado pelo envio de boletim do DCE, referente ao contrato de prestação de serviços educacionais, assinado pelos acadêmicos da FURB. Por ser tema de grande relevância para a comunidade universitária, reproduzo o conteúdo abaixo.

Parabéns aos mestres!

Estamos de olho!

"Boletim n° 063, de 14 de outubro de 2008

Prezados acadêmicos!

O DCE, juntamente com sua assessoria jurídica, preocupados com a crescente procura em decorrência da nova forma de cobrança de títulos atrasados que a FURB introduziu nesse semestre, vem por meio deste e-mail passar algumas dicas e esclarecimentos a respeito do assunto.
No início do semestre fomos surpreendidos com a obrigatoriedade de adesão a um novo contrato semestral de ensino. Esse contrato prevê diversas cláusulas relacionadas ao pagamento de mensalidades e estacionamento, com destaque para as cláusulas 8ª e 9ª.
A cláusula 8ª, em resumo, prevê a cobrança judicial de títulos atrasados com incidência de multa de 2% ao mês. Já a cláusula 9ª prevê a não responsabilização da FURB em caso de furtos ou arrombamentos de veículos ocorridos nas suas dependências.
O DCE esteve reunido com a procuradoria da FURB para discutir as cláusulas do contrato. No tocante à cláusula 9ª, por se tratar de um contrato de adesão, pode-se dizer que essa cláusula é nula e passível de discussão em juízo. Acadêmicos nessa situação podem procurar a assessoria jurídica do DCE para obter maiores informações.
A questão é mais delicada quanto à cobrança de títulos judiciais. O DCE tem conhecimento de diversos casos de alunos que estão sendo inscritos nos órgãos de proteção ao crédito (SPC, por exemplo) e está juntando documentação para fazer denúncia aos órgãos de defesa do consumidor (Ministério Público e Procon) a fim de discutir a legalidade das cláusulas desses contratos aos quais os alunos foram submetidos.
Enquanto isso, segue uma reflexão e algumas informações sobre a cláusula 8ª:
Em conformidade com a grande parte dos Tribunais do país, a FURB encontra-se legitimada a exigir de seus alunos o pagamento relativo a prestação de serviços educacionais que lhes proporciona, visto que o aluno se obriga ao pagamento das mensalidades como contraprestação pelo ensino recebido.
Em se tratando de atraso no pagamento (essa é a maior novidade para nós alunos da FURB), o art. 52, § 1º do Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90) é extremamente claro ao estabelecer que as multas de mora decorrentes de atraso no pagamento da mensalidade não devem ser superiores a 2% (dois por cento) do valor da prestação.
Observa-se ainda que, segundo o Código do Consumidor, no caso de inadimplência da mensalidade por parte do aluno, além da multa moratória mensal que não poderá ultrapassar os 2%, poderá, ainda, a instituição de ensino cobrar correção monetária, de acordo com os índices oficiais, e juros de mora, limitados a 12% (doze por cento) ao ano.
No transcorrer do semestre, conforme dispõe o art. 6° do Código do Consumidor, a FURB não poderá aplicar quaisquer penalidades pedagógicas por motivo de inadimplência do aluno, tais como adoção de medidas que visem o constrangimento, porém, ao final do semestre, se os débitos persistirem, a instituição de ensino, por força do art. 5º, da Lei 9870/99 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), não é obrigada a renovar a matrícula. Ou seja, embora os contratos devam ser mantidos até término do semestre, sem que o aluno sofra quaisquer sanções, a renovação da matrícula somente será cabível mediante pagamento ou negociação da dívida.
Contudo, se existirem casos em que a FURB esteja cobrando valores superiores à 2% ao mês, esses deverão ser verificados e encaminhados para a assessoria jurídica do DCE.
Se o seu caso for de aluno inadimplente, seu nome poderá ser incluído no serviço de proteção ao crédito - SPC, até que você quite suas pendências. A dívida prescreve em um prazo de 05 anos. Quitando as parcelas de mensalidade, seu nome é automaticamente excluído do SPC.
Em casos extremos, procure a tesouraria da FURB, demonstre boa vontade e faça uma proposta para efetuar o pagamento. Faça uma proposta real, dentro dos seus limites, e peça um documento da faculdade detalhando o acordado.
Acadêmicos que tiverem dúvidas quanto ao procedimento ou desejarem maiores informações, podem procurar o DCE em todos os CAMPI da FURB e solicitar encaminhamento para a assessoria jurídica.

Atenciosamente,

DCE – Diretório Central de Estudantes da FURB"

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Nem só de observar vivemos...

Bueno,

Dia 14/10 é marcado por importantes eventos referentes aos interesses dos servidores da FURB. Às 15:00 horas na sala T-127 do Campus I, o SINSEPES realiza Assembléia Geral com a seguinte convocatória:

“Convidamos todos os servidores da FURB para participar da assembléia onde discutiremos sobre a legitimidade do CONSAD para alterar o Estatuto dos Servidores da FURB, assim como o Estatuto da Universidade, através de reforma administrativa, conforme pretende a Reitoria. Enviamos o comparativo dos Estatutos (da FURB e da Lei Complementar Municipal 660/07) para análise dos Servidores. Na assembléia vamos discutir e deliberar sobre o assunto.”

Já às 19:00 horas no auditório do bloco T, SINSEPES e SINTRASEB promovem o Forum de Discussão sobre ISSBLU. Em pauta, histórico, financiamento, perspectivas de futuro e formas de aposentadoria.

A participação dos servidores é muito importante para discutir da forma mais democrática, opinar e se preparar para as propostas que vem por aí.

Fiquemos de olho!
Sejamos participativos!

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

O fato e o ato.

Bueno, do MP o fato, da Reitoria o ato.

Blumenau, 07/10/2008

Universidade de Blumenau só pode criar cargos se houver lei aprovada pela Câmara Municipal


A Juíza de Direito, Taynara Goessel, que responde pela Vara da Fazenda Pública da Comarca de Blumenau, atendeu à requisição do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) em ação civil pública e determinou, em caráter liminar, que a Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB) deixe de criar cargos por resolução interna.
Na ação, o Promotor de Justiça Gustavo Mereles Ruiz Diaz explica que a FURB é uma instituição oficial de direito público, da estrutura administrativa da Prefeitura de Blumenau, e como tal deve obedecer o regime constitucional e legal pertinente. Segundo Diaz, a criação de cargos por resolução afronta as Constituições Federal e Estadual e a própria Lei Orgânica do Município, que colocam ser de competência exclusiva do Prefeito a iniciativa de proposição de leis para criação de cargos públicos, que devem ser aprovadas pelo Legislativo Municipal.
O Promotor de Justiça relata na ação que, desde a fundação da FURB, os únicos cargos criados por lei foram o de Reitor e Vice-Reitor - que são nomeados pelo Prefeito. "À exceção destes cargos, nenhum outro foi criado por lei, mas por ato administrativo denominado pela entidade de resolução", complementa Diaz. Em caso de descumprimento da medida liminar, a Juíza de Direito determinou multa diária no valor de R$ 500,00. Da decisão liminar cabe recurso ao Tribunal de Justiça (Ação Civil Pública nº 008.08.023501-5)

Redação: Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC

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NOTA OFICIAL

A Reitoria da FURB comunica, face à ação civil pública proposta pelo Ministério Público Estadual, que:

1) A administração superior desde o inicio da gestão vem trabalhando na revisão de todos os atos normativos tanto em relação à estrutura administrativa, quanto ao seu quadro de pessoal, necessários ao pleno atendimento das normas jurídicas;
2) A Procuradoria da FURB está analisando os desdobramentos e as eventuais providências cabíveis, no intuito de resguardar os direitos dos servidores e da instituição;
3) Em cumprimento à decisão liminar, estão suspensos todos atos de nomeação, provimento e realização de concursos para quaisquer cargos da Fundação Universidade Regional de Blumenau, ETEVI e NRTV;
4) Em relação à nota do SINSEPES cumpre esclarecer que as alterações promovidas nas normas relativas à licença prêmio dos servidores não guardam nenhuma correlação com a ação civil patrocinada pelo Ministério Público Estadual, cuja resolução foi objeto de amplo debate e aprovação pelos conselhos competentes, respeitando a autonomia universitária;

A Reitoria pede tranqüilidade aos servidores eis que serão tomadas todas as providências visando superar as adversidades que nos são apresentadas.

Blumenau, 08 de outubro de 2008.

Professor Dr. Eduardo Deschamps - Reitor
Professor Dr. Romero Fenili - Vice-Reitor

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É por aí... estamos de olho!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Dos externos

Bueno,

hoje abro espaço para uma questão que não é propriamente pertencente ao espaço da FURB, mas que é de grande importância para quem é cidadão, trabalhador e entende que o mundo não se resume aos muros da Universidade. Independente das questões ideológicas e posições políticas envolvidas, creio que deva ser observado por todos o relato que recebí da estudante Sandra. Aqui, mais do que a concepção do justo ou as opiniões sobre as formas de reinvindicação, cabe analisar os assédios e excessos de quem possui os mecanismos de controle.

Está lá fora, mas estamos de olho!

"TRABALHADORES TÊXTEIS EM GREVE

Os trabalhadores têxteis de Blumenau, Gaspar e Indaial, rejeitaram na Assembléia do dia 27 de setembro a proposta de 8% de reajuste apresentada pelo Sindicato Patronal. O salário inicial da categoria hoje é de R$497,00 e R$ 552,20 após 90 dias. A classe trabalhadora têxtil decidiu entrar em greve por tempo indeterminado.
Os primeiros trabalhadores a paralisar a produção foram os da empresa Cremer, às 13h30min do dia 06 de outubro (segunda-feira), tendo adesão da maioria dos funcionários. Em outra unidade da empresa, a Cremer Adesivos, os trabalhadores também aderiram à greve.
Na noite de ontem, (07/10 – quinta-feira), mais uma empresa foi paralisada. A empresa Hering, localizada na Rua Itororó, transversal da Rua dos Caçadores em Blumenau, foi paralisada na noite desta terça-feira. A paralisação teve início no horário de chegada dos trabalhadores do terceiro turno às 21h30min, como nas duas unidades da empresa Cremer a adesão à greve foi quase total.
Nesta empresa (Hering), no entanto, os patrões passaram a madrugada ligando para os funcionários, avisando que não deveriam aderir à paralisação, caso o façam perderão seus empregos. Aqueles funcionários que trabalharam sofreram todo o tipo de intimidação verbal para não aderirem à greve.
A intimidação na Hering está sendo tanta, que dentro dos portões da empresa, impedindo que o Sindicato converse com os trabalhadores, estão policiais da GRT (Grupo de Respostas Táticas), armados e munidos com spray de pimenta e bombas de efeito moral. Além de ter policiais filmando os grevistas.
Apesar das intimidações sofridas pelos trabalhadores, Sindicato e apoiadores, a adesão à greve só tem aumentado.
Até o início da tarde de hoje (08/10) não aconteceu nenhuma negociação, por tanto a greve irá continuar.

* Entidades que apóiam os trabalhadores têxteis:
Sindicatos dos Trabalhadores Bancários, Motoristas e Cobradores, Vigilantes, Metalúrgicos, Servidores Públicos da FURB, Servidores Municipais, Vidros e Cristais, Comerciários, Eletricitários, Construção Civil e Processamento de Dados, UGT.
Fórum dos Movimentos Sociais de Blumenau, MST.

Blumenau, 08 de outubro de 2008.

Sandra Tolfo
Estudante"

terça-feira, 7 de outubro de 2008

"Ação Estratégica" 2 e a análise do clima.

Bueno, taí o recorte do mais novo “Ação Estratégica” e um breve conjunto de conclusões que me passa.

“(...) Uma análise preliminar permite concluir que os servidores pesquisados, em sua grande maioria, consideram que sempre transmitem uma imagem positiva da FURB e sentem-se orgulhosos em fazer parte do seu quadro de servidores, mas apenas 9,40% dos servidores concordaram totalmente que a FURB tem uma boa imagem entre os seus servidores. Da mesma forma, 69,70% dos servidores concordaram plenamente que na FURB o relacionamento com as chefias é franco e sincero, enquanto que apenas 21,3% concordaram plenamente com a afirmação de que na FURB há respeito pelas diferenças individuais. Quanto ao estilo de liderança, 46,4% dos servidores concordaram total e parcialmente com a afirmação de que no local de trabalho é dada autonomia para propor melhorias na execução do trabalho e liberdade de expressão e apenas 8,3% concordaram plenamente que na FURB as pessoas têm autonomia para tomar as decisões necessárias para o bom cumprimento de suas responsabilidades.”
“A maioria dos servidores entendeu que o seu trabalho proporciona desafios e possibilidades para o desenvolvimento profissional e pessoal, mas apenas parcialmente concordam que a FURB demonstra preocupação com a sua qualidade de vida. A comunicação da FURB recebeu em média a pior avaliação e deve merecer atenção especial por parte da gestão.”

Venho eu a entender:
1- Nós servidores entendemos que a FURB tem uma imagem ruim, dado o tratamento da administração para conosco, entretanto passamos uma boa imagem da FURB, pois sabemos que a instituição deve ser preservada e não se resume ao simples relacionamento entre administração e servidores.
2- Entendemos ter um relacionamento franco e sincero com as chefias, entretanto não nos vemos individualmente respeitados, uma vez que esse desrespeito não se dá em âmbito de relacionamento pessoal diário com a chefia imediata. O desrespeito vem da administração como um todo e de decisões insatisfatórias dos conselhos superiores, não limitando desrespeito à forma de trato pessoal.
3- Apontamos que temos autonomia para propor melhorias na execução das tarefas. Claro, isso é inerente ao processo de executá-las e aprimorar os processos que diariamente executamos. Contudo, apontamos também não ter autonomia para tomar as decisões necessárias para o bom cumprimento. Isso, meus caros, não precisa de maior explicação, não é?
4- Realizar um trabalho que proporcione desafios e desenvolvimento, não precisa necessariamente significar que a instituição possui uma preocupação específica com isso. As análises anteriores já apontam o quanto o servidor se coloca em uma condição de agente o suficiente para contribuir consigo para que suas atividades se convertam nisso. O que os números apontam é que, havendo essa preocupação por parte da administração, não tem funcionado bem. Cabe mudanças.
5- Quanto à comunicação (ineficiente ou inexistente, dependendo do caso), aparece desde sempre em tudo que é pesquisa e conversa. Têm-se a necessidade, não só de desenvolver os canais, mas de avaliar a natureza e relevância dos comunicados, além de possibilitar que o que chamamos “comunicação” possa efetivamente se estabelecer em duas vias, não possuindo fixos emissores e receptores. Fica-se sempre com a impressão de que a posição sobre o estabelecimento de diálogo é inflexível.

Continuamos de olho!

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Mais colaboração

Bueno, hoje com a palavra uma das campeãs de colaboração no blog, dona Carol (ARI).

Continuamos de olho!

"Desde aquelas infames reuniões do CONSAD estive pensado a respeito de muitas coisas e resolvi compartilhar algumas.

A primeira é que a Administração Superior continua achando que sua decisão (e a forma como foi tomada) está correta. Notamos isso quando alguns deles tentam nos dar alguma justificativa ou “acalmar” nossos ânimos. Isso nos mostra que, ou a visão da Administração Superior é muito limitada, ou que eles se acham os donos da verdade, os únicos que sabem o que é melhor para a FURB. O futuro dirá aonde este tipo de comportamento levará a instituição.

A segunda coisa que me incomoda é o fato de terem alterado a resolução sobre a licença prêmio colocando a questão financeira como uma das justificativas. Porém, até agora não nos foi apresentado nenhum dado, e inclusive, naquele CONSAD alegou-se não ser necessário qualquer tipo de explicação e apresentação de planilhas e dados sobre o assunto. Se esta Universidade fosse privada, muito que bem: o dono da “empresa” decide o que vai fazer e pronto. Porém, ao contrário do que alguns acreditam, a FURB não é da Administração Superior. Estas pessoas estão ali para administrá-la temporariamente, mas acho que eles ainda não se deram conta disto.

Assim, se a Administração toma medidas que afetam diretamente os servidores, e sendo uma das justificativas a financeira, todos têm direito de conhecer e entender os cálculos que foram realizados e o quanto de economia esta medida trará para a Universidade. Estamos até agora esperando esta explicação. Será que ela ainda não veio porque simplesmente os cálculos não foram feitos ou porque na cabeça dos “mestres e doutores” da Administração Superior, nós técnico-administrativos não temos capacidade para entender estas questões (e mais uma vez subestimam nossa inteligência)?

Por falar em inteligência, o terceiro ponto a considerar é a questão da valorização dos servidores. Sei que parece palhaçada eu tocar neste assunto, mas lá vai... A Administração Superior ainda não se deu conta de uma coisa: nós técnico-administrativos temos muito conhecimento e experiência naquilo que fazemos; somos um patrimônio importante da Universidade. Temos servidores com experiência em criação, gerenciamento e reconhecimento de cursos, legislação do ensino superior, ensino à distância, atendimento ao estudante, gestão e funcionamento de biblioteca, e em muitas outras áreas. Além disso, não sabemos apenas a teoria, mas também a prática. Somos nós servidores que movemos esta Universidade, e infelizmente a cada dia somos mais desrespeitados e desconsiderados.

O quarto assunto é a velha questão do “se não está feliz, procure outro local para trabalhar”. Bom, volto a afirmar: este argumento serviria se a FURB fosse privada. Porém, sendo ela de caráter público as coisas mudam um pouco de figura. Muitos servidores trabalham na FURB não apenas pelo salário, que, aliás, em uma instituição pública como a nossa de fato se chama vencimento. Contrariando o pensamento de alguns da Administração Superior, os vencimentos não são espetaculares para a grande maioria dos servidores. De curiosa, eu já fui me informar a respeito do assunto. Uma pessoa que desempenha basicamente as mesmas funções, estando apenas 2 anos na empresa já ganha quase o mesmo que eu, que estou a 8 anos na FURB. Então, aquela história de “jogar as mãos para o céu porque trabalha na FURB e recebe vencimento muito acima da média” não procede. Alguém poderia então, voltar à questão: não está feliz, sai. Porém, volto a afirmar: eu (e muitos de meus colegas) não trabalhamos na FURB apenas pelo vencimento. Ele é um aspecto importante, diria o principal, porém não é o único. Eu gosto de trabalhar na FURB, gosto do ambiente, gosto das pessoas e não acho justo que eu tenha que desistir disto, que eu tenha que sair do local onde gosto de trabalhar por causa de uma administração que é temporária. As administrações passam, mas nós ficamos.

O quinto e último ponto foi levantado pelo SINSEPES: o anuênio não está previsto no orçamento de 2009. Só relembrando: o acordo para encerrar a greve no ano passado estabelecia a suspensão do anuênio por 2 anos. O fato é que ele tem que retornar em 2009 e pelo que podemos perceber a Administração Superior não está querendo cumprir o acordo. Isso não me espanta. Basta lermos as propostas de campanha para observarmos que eles têm o hábito de prometer e não cumprir. Porém, vamos aguardar o desenrolar dos fatos. O importante é ficarmos atentos.

Para encerrar, gostaria de pedir a todos que estão incomodados com a situação atual que continuem acompanhando as discussões, que visitem o blog, que participem das assembléias, que escrevam e divulguem suas idéias. Não podemos deixar esta Administração continuar agindo como se a Universidade pertencesse somente a eles.


Carolina"

"E eu sigo fazendo rir a quem tanto me faz chorar..." (Lupicínio Rodrigues)


Bueno,

Regiane gentilmente envia a foto de membros da Ekipirada que, assim como membros das demais equipes participantes da Gincana do Servidor, aderiram ao movimento "Chega de Palhaçada".

A Gincana não teve boicote, o Interação não foi sabotado, os rebeldes servidores não estão fazendo "corpo mole" e seguem trabalhando com responsabilidade. O percentual positivo do tão recentemente citado "clima institucional" segue sustentado pelos trabalhadores dessa instituição. A pesquisa comprova: os sorrisos são responsabilidade para com a comunidade e cordialidade para com os colegas e colaboradores, não simpatia à gestão.
Gostaria de perguntar: como transformar isso em números? Como fazer da diária colaboração, dados estatísticos?
Existe um lugar, lá perto do Giassi, onde tudo deve virar número para ser considerado. A pesquisa de clima institucional mostrou a insatisfação com a gestão, com a falta de participação nas decisões e processos na instituição, mas para medir o esforço diário em se fazer da FURB um lugar melhor, é necessário conviver com as pessoas. Pelo menos dar uma olhada!
Lembro que, lá nos idos de 2006, haviam propostas de então candidatos, de se fazer mais presentes na instituição, visitar os setores, conversar com os servidores. Cada vez mais, para se ver os gestores é necessário ir ao CONSAD, mas cada vez que se vai ao CONSAD, mais gente sai de nariz vermelho.

Meu rei, a corte está atenta, mas não tem mais bobo aqui!

Seguimos de olho!

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Alguém tirou da terra a cruz do plano de gestão! E das nossas costas, quando vão tirar?

Bueno, o SINSEPES divulga e reproduzo aqui a lista de conselheiros e voto da famigerada reunião do CONSAD que alterou o Estatuto do Servidor, dificultando o usufruto de licença prêmio por assiduidade.

CONSAD - 25/08/2008
Tema: alteração do período necessário para usufruto da licença prêmio, de 5 para 10 anos de serviço ininterrupto.

Votaram "SIM":

Eduardo Deschamps (Reitor)
Romero Fenili (Vice reitor)
Sonia Regina de Andrade (PROEN)
Edésio Luis Simionatto (PROAD)
Clodoaldo Machado (PROPEX)
Saul Alcides Sgrott (CCSA)
Patrícia Luíza Kegel (CCJ)
Marilene de Lima Schramm (CCE)
Sérgio Stringari (CCEN)
Élide Kurban (CCS)
Clarisse Odebrecht (CCT)
Adriana Corrêa (ETEVI)
Roberto Bernhard Disse (FURBTV)
Micheline Gaia Hoffmann (NUPEX)
Maria Genoveva Lemos (Biblioteca Universitária)
Leonir Alba (APROF)
Levi Hulse (DCE)
Cássio Murilo C. de Quadros(Poder Executivo Municipal)
Dimas Eduardo dos Santos (APP da ETEVI)
Anselmo Lessa (Poder Legislativo Municipal)
Elisete Maria Passold (Poder Executivo Estadual)
Manfredo Krieck (Representante das classes empresariais)

Preferiu não votar:

Egon José Schramm (Ex-reitor em atividade na Instituição)

Votaram "NÃO"

Clóvis Reis (CCHC)
Elsa Cristine Bevian (SINSEPES)
Rubens Zunino (ASEF)

*Fonte: SINSEPES
O SINSEPES esclarece via correio-e que, dada a data de posse, não foi incluído na lista o prefeito Olímpio Tomio que, representando a AMMVI, votou "SIM", além de que manteve-se o nome do conselheiro titular Leonir Alba, que no dia 25 enviou representação.


Cabe deixar claro para quem não se fez presente, que o prof. Egon absteve-se da votação invocando Regimento do Conselho dado que estaria votando em causa própria, por ser diretamente beneficiado pela matéria.

Bueno, não existem mesmo surpresas.

Desculpem a ausência de ontem, continuamos de olho!

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Palavras da presidente

Bueno, hoje a postagem é da presidente do SINSEPES (Sindicato dos Servidores Públicos do Ensino Superior de Blumenau), Elsa Bevian, com relação à aprovação do Orçamento da FURB para o exercício 2009. Logo abaixo, texto em apoio do prof. Caio de Cordova, atual Chefe do Departamento de Ciências Farmacêuticas.

"Prezados Servidores da FURB:



Em anexo estamos enviando dois documentos para leitura e análise. O primeiro trata-se da nossa manifestação/declaração de voto no CONSAD da última quinta-feira (18.09.08), sobre o Orçamento da FURB para 2009. Analisar a evolução das contas da Fundação é um exercício interessante, especialmente considerando que, nestes últimos seis anos em que nos propusemos a fazer este trabalho com muita seriedade, nossas expectativas sempre se concretizaram.

Outro aspecto interessante diz respeito ao pagamento do anuênio para os servidores, a partir de 1º.08.09. O Coordenador do Planejamento, Prof. Dr. Gerson Tontini, afirmou categoricamente que não está incluído nos números apresentados, o pagamento do referido direito. Após questionamentos disse que, bem, talvez, depende...

Ainda, outro item significativo diz respeito à FURB TV, pois ainda gera um custo de no mínimo R$ 1.200.000,00(hum milhão e duzentos mil reais/ano). A perspectiva da Reitoria é “vender” espaços culturais para empresários, segundo o Reitor. A FURB TV é uma concessão pública, que foi, SEM NENHUM DEBATE NESTA UNIVERSIDADE e nem mesmo com autorização do Conselho de Administração, desvinculada da TV Cultura e vinculada à TV Futura, afiliada da GLOBO. Que Universidade é esta???(parafraseando o Legião Urbana). As decisões são tomadas no gabinete do Reitor, a exemplo desta, a venda da nossa folha de pagamento e outras... Aguardem nosso próximo jornal!

O segundo anexo é o Comparativo do Estatuto dos Servidores da FURB com o Estatuto dos Servidores Públicos Municipais de Blumenau. Conforme discutido em Assembléia, o SINSEPES está encaminhando os dois documentos para análise e início dos debates. Para facilitar a leitura, grifamos em vermelho todas as redações que são diferentes, e em preto, redações iguais ou equivalentes. Há certos artigos, de ambos os Estatutos, que não foram comparados, por não haver normas equivalentes; nestes, nós deixamos um espaço em branco.

Quase na totalidade, a lei 660/2007 é mais favorável aos servidores da FURB; de início, chamamos a atenção para os artigos 22, 120, 127, 130, 137, 146 e 151. A discussão, porém, deve se dar em relação a todos os artigos.

Aguardamos sugestões pelo correio eletrônico (sinsepes@furb.br).



Saudações sindicais.



Elsa Cristine Bevian
Presidenta do SINSEPES"

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"Cara Profa Elsa

Gostaria de parabenizar sua atuação em nome dos servidores da FURB, especialmente no CONSAD, e fazer votos que continue nesta luta, apesar das sabidas dificuldades e mesmo intimidações sofridas por aqueles que ousam levantar a voz contra os desmandos do autoritarismo.

Vivemos uma situação de falência das instituições (Conselhos Superiores) que antes garantiam a democracia e o controle dos pares sobre as ações dos dirigentes, sendo substituídos por um regime autocrático lembrando os tempos da ditadura militar no país.

Como dizia o profeta, "orai e vigiai". Vamos ficar atentos, e esperamos voltar a normalidade institucional pelo menos dentro de dois anos.

Mas temos que evitar que manobras escusas acabem por causar fissuras irreparáveis nos alicerces de nossa universidade.

Com um grande abraço,

(Obs.: autorizo a divulgação desta mensagem no blog dos servidores, caso julgar útil.)


Atenciosamente,

Prof. Dr. Caio M. M. de Cordova"


P.S.: os arquivos citados pela profa. Elsa serão enviados, mediante solicitação para coloradofanatico@gmail.com, uma vez que o tamanho impossibilitou reprodução direta no blog.

Continuamos de olho!

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Um elefante nunca esquece... pedaço II

Bueno, continuando a lembrança do Plano de Gestão 2006-2010, segue o "PROGRAMA PARA A GESTÃO DE PESSOAS", apresentado pelos então candidatos Eduardo Deschamps e Romero Fenili, atuais reitor e vice da Universidade.


"PLANO PARA A GESTÃO DE PESSOAS

1. Revisar o plano de carreira dos servidores docentes, os seus mecanismos de progressão na carreira e aperfeiçoar os mecanismos de avaliação de desempenho do docente (ensino, pesquisa, extensão e administração).
2. Aperfeiçoar a política de regime de trabalho e alocação de horas para servidores docentes, criando mecanismos de incentivo à participação de professores horistas nas reuniões colegiadas e discutindo a remuneração de horas para preparação de aula.
3. Adequar o plano de carreira dos servidores técnico-administrativo à descrição dos cargos e à nova realidade institucional. Criar um sistema informatizado de avaliação de desempenho, baseado no cumprimento de metas institucionais.
4. Revisar a política de capacitação do servidor técnico-administrativo, criar um programa permanente de cursos de pequena duração, com o objetivo de qualificar o trabalho diário e avaliar os mecanismos de afastamento deste servidor para cursar Mestrado.
5. Redefinir a política de capacitação docente, baseando a distribuição de horas através de editais, permitindo a utilização da licença prêmio de docentes para cursar doutorado e pós-doutorado e implementar um programa de formação pedagógica continuada.
6. Implantar um programa permanente de capacitação de gestores.
7. Instituir um Programa de Qualidade no Atendimento.
8. Compatibilizar a legislação interna no tocante à gestão de recursos humanos, tornando mais transparente os direitos e os deveres dos servidores da FURB, conscientizando-os da importância de cada um no cumprimento das finalidades da instituição.
9. Implantar Programa de Saúde do Trabalhador avaliando a possibilidade de sucesso dos servidores docentes e técnicos aos serviços de saúde prestados pela FURB à comunidade externa.
10. Criar banco de talentos e oportunidades, oferecendo ao servidor a possibilidade de, mediante análise do seu currículo e o interesse institucional, aproveitá-lo em diversas áreas de atuação na Universidade – inclusive gestão.
11. Reforçar as atividades de integração e valorização dos servidores através de ações conjuntas do DRH, ASEF e APROF no propósito de estabelecer um clima de integração entre os servidores da FURB."

Continuamos de olho!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Coisas que ninguém sabia...

Bueno, eis que aparece o resultado da tal pesquisa de clima organizacional. Até existem coisas interessantes, mas como disse Gilliard, sobre a administração da FURB, no texto que inaugurou este blog: “(...) Não medem as conseqüências dos seus atos. Não percebem que atitudes assim só geram insatisfação e desmotivação. Precisam fazer pesquisa de clima organizacional para detectar algo tão óbvio?”. O resultado divulgado pode ser obtido, na íntegra, no endereço www.furb.br/clima (lembrando que, para acessá-lo é necessário possuir acesso à intranet da FURB, informando usuário e senha). A pesquisa foi realizada nos meses de abril e maio de 2008, obtendo a participação de 50% dos servidores da instituição. Dentre as “novidades estatísticas”, destaco duas páginas divulgadas, que considero de grande interesse para os servidores.

Na primeira, “FATOR REALIZAÇÃO PESSOAL E PROFISSIONAL”, os servidores deveriam avaliar quatro quesitos, atribuindo-lhes “concordo plenamente”, “concordo parcialmente”, “estou em dúvida”, “discordo parcialmente” ou “discordo totalmente”.
O quesito “Sinto-me valorizado como servidor da FURB” teve apenas 16,4% de plena concordância, enquanto “A FURB demonstra preocupação com a qualidade de vida dos seus servidores” teve 14,2%.
A segunda tem como título “FATOR IMAGEM INTERNA E EXTERNA”. Nesta, dentre 13 itens, os servidores deveriam indicar 3 como principais fatores de motivação para trabalhar na FURB, devendo indicar o sentimento quanto à realidade e não a forma como gostaria que fosse.
Encabeça a lista o item “Estabilidade de emprego” com 20,3% de indicação, distante dos 13,1% obtidos pelo segundo mais indicado “salário somado à benefícios” (que na época não considerava a reformulação da licença prêmio).
Os 5 últimos colocados e seu mísero percentual de indicações são os seguintes:
“Valorização e reconhecimento do trabalho desenvolvido” – 4,8%
“Relacionamento com a chefias e superiores” – 4,5%
“Participação nas decisões” – 1,6%
“Modelo de gestão” – 1,5%
“Transparência nas ações e decisões superiores” – 0,8%

Não entrarei no mérito da diferenciação entre “concordo parcialmente” e “discordo parcialmente”, apesar de que para mim está muito mais próximo do “a mesma coisa” do que a alteração do período em serviço necessário para usufruir de licença prêmio.
Está aí, estatisticamente divulgado, aquilo que já sabíamos. Os servidores não sentem possibilidade de participar da discussão das ações da Universidade, não vêem a administração da FURB preocupada com os trabalhadores e desaprovam de forma veemente o modelo de gestão adotado pela reitoria. Está claramente expressa a fragilidade do relacionamento da reitoria para com os servidores e a insatisfação desses últimos para com a administração. Os fatores de imagem da instituição apontam que os servidores continuam simpáticos e empáticos à FURB, querem contribuir para seu avanço e participar da melhoria do serviço prestado à sociedade, entretanto os índices aqui apresentados indicam a administração da Universidade como empecilho.

Se para tomar consciência da mais clara realidade eram necessários dados estatísticos, estes já existem. E agora meu Rei?

Continuamos de olho!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Na campanha o princípio norteador, agora o fim econômico


Bueno, hoje é dia de postar um fragmento do magnífico Plano de Gestão 2006-2010, apresentado pelos então candidatos à reitoria Prof. Dr. Eduardo Deschamps e Prof. Dr. Romero Fenili. Ao Plano, compunham "Apresentação", "Currículo dos candidatos", "Princípios norteadores e compromissos" e "Programa para a gestão de pessoas". Esta folha, contém o ítem 3, Princípios norteadores e compromissos, do qual faço, como de costume, alguns destaques:

"4. Profissionalização da Universidade, ao implementarmos uma definição clara dos processos acadêmicos e administrativos, com vistas à desburocratização e à agilidade na execução das decisões, despersonalizando-as, no propósito de valorizar o debate político, necessário ao processo de tomada de decisão.

5. Permanente valorização das pessoas, através da criação de condições estáveis de trabalho e do estabelecimento, por meio de um processo amadurecido de avaliação de desempenho, dos mecanismos de recompensa e conseqüência, a fim de reconhecer e estimular o empenho dos servidores para o crescimento da Universidade. Ademais, advogamos o contato direto da comunidade universitária com o Reitor e o Vice-Reitor, pois o ambiente primário de atuação administrativa é a Universidade.

6. Gestão com responsabilidade financeira a fim de garantir as condições de sustentabilidade da FURB, no presente e no futuro, concebendo a INOVAÇÃO como mola mestra para a geração dos recursos necessários para a construção do projeto de Universidade que propomos."


Hoje, considero desnecessário tecer quaisquer comentários. Deixo-os por conta de vocês.

Continuamos de olho!

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Vão-se os mortos, fica o velório



Bueno, hoje foi o sétimo dia. Na terça-feira passada, a FURB foi palco de um fúnebre momento. Um cortejo de servidores partiu da frente da Biblioteca Central rumo à área defronte ao Bloco A, onde o plano de gestão da Administração Superior foi enterrado.
Deve haver infinitas maneiras de interpretar o acontecimento. Destaco dois.
De um ponto de vista, pode-se dizer que foi enterrado o putrefato conjunto de promessas de campanha, de intenções de gestão, de condensadas balelas escritas em material esteticamente agradável e apresentadas quando da campanha para a eleição da reitoria. Sim, putrefato, porque esse plano foi moribundo somente até o episódio da greve, que já fez aniversário. Naquele momento caiu o último crente, naquele momento desfizeram-se os últimos argumentos de quem, por boa vontade, ainda acreditava na boa intenção administrativa e na valorização dos servidores. Alguns restabeleceram alguma esperança, alguns perderam a fé e abandonaram a causa, alguns enterraram o defunto, alguns acompanharam o sepultamento à distância e outros nem viram, mas todos nós seguimos cheirando a carniça.
De outra maneira, podemos pensar que o simbólico enterro é a maneira de expressar o sentimento que nos aflige. O plano enterrado é o mecanismo de dizer aos administradores que a propaganda colorida não nos engana, que as ações tomadas por eles sobrepõe qualquer desejo de acreditar na “administração participativa”, na capacidade de “ouvir os anseios da comunidade” e “valorizar os colaboradores da instituição”. Enterrar aquele plano pode significar que cada vez mais gente acredita que a administração tenha outro plano. Outro plano que vai muito bem e que não nos é revelado, pois é chamado estratégico, pois seria “arma da concorrência”. Outro plano onde a “arma” é usada para nos assaltar e a concorrência, pelo jeito, somos nós.
Seja qual for a maneira de interpretar, o fato é que algo morreu. Nas salas de aula, nas Divisões, nos Centros, nos diferentes Campi continuam trabalhando, os servidores cada vez mais amordaçados, imobilizados, destratados e desmotivados, mas cada vez menos cegos. Podem não nos ouvir, mas não podem nos impedir de ver! E o que cada vez mais vemos é o tal do outro plano.
Se não nos escutam, em breve no lugar do “Sim meu Rei”, as respostas poderão limitar-se aos olhares de quem não cansa de ver.
Se podemos ver, podemos, mesmo após sete dias, continuar velando, todo dia há tempo para um minuto de silêncio em homenagem ao cadáver que nunca viveu.
E o enterrado ainda FEDE!

Continuamos de olho!

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Um elefante nunca esquece...



Bueno, se reafirmadamente somos, nós servidores, tratados como o “peso” dessa Instituição, que pelo menos possamos utilizar nossa “memória de elefante”. Para uma ajudinha, conto com a valorosa contribuição das colegas Regi (DTI) e Carol (ARI) que remetem o resumo do Plano de Gestão 2006 – 2010 e a versão digitalizada do nosso informativo interno Em Dia número 147, de setembro de 2006, pouco antes da posse da atual administração.
Começo hoje, postando o Em Dia para que vocês possam reler (basta abrir no computador e ampliar), destacando um breve trecho:
“(...) “O almejado equilíbrio financeiro da FURB não passa exclusivamente por cortes, mas por redirecionamentos”, acredita Eduardo.
Redirecionamentos de políticas, de estratégias e de ações, que ele pretende construir seguindo uma perspectiva participativa e compartilhada. “Não podemos mais mostrar a FURB como um pacote fechado, precisamos conversar com os Centros, cursos, e departamentos em busca de soluções customizadas, particularizadas segundo cada caso, destacando e buscando os diferenciais que cada um possa oferecer”. (...)”

- redirecionamentos ao invés de cortes.
- perspectiva participativa e compartilhada.
- conversar em busca de soluções.

Para além disso, o título é bastante claro: “Reforma administrativa é o primeiro passo da nova gestão”.
Só me resta uma coisa a dizer para essa administração:
“Essa reforma? Antes, não deu. Agora, NEM VEM!”

Estamos de olho!

domingo, 14 de setembro de 2008

Ajeitando como se pode

Bueno, por motivos alheios ao meu domínio dos eletrônicos, o comentário do amigo Viegas Fernandes da Costa sobre apostagem "Recapitulando..." foi "excluída pelo autor". Constatado que nenhum de nós excluiu, recupero o texto nessa postagem. Nem mesmo o "sobrenatural digital" nos vencerá.

Estamos de olho!

"Parabéns pela reflexão!
O que mais me preocupa é esta demagogia populista e este personalismo retrógrado que vemos por parte da administração: Café com o reitor, fale com o reitor e outros quetais com o reitor. Respeito a pessoa humana do reitor, mas deploro veementemente as atitudes que vem encabeçando enquanto administrador desta universidade. Mas incomoda-me também, e principalmente, toda esta passividade que sempre nos acometeu e ainda acomete. é como que se a reitoria nos concedesse o favor de trabalhar na FURB. Caramba, nós somos a FURB, nós, nossos alunos e nossa comunidade! Não prestamos favores, mas desenvolvemos um trabalho. E para tanto precisamos estar motivados, bem remunerados e saudáveis física, moral e emocionalmente. A ampliação do direito maternidade já está prevista pelo governo federal, a reitoria não nos deu nada. Mas a creche, reivindicação antiga, persiste enquanto promessa. Auxílio-alimentação nem pensar!
Agora,algumas perguntas que me incomodam:
- quanto custou a nova sede do IPA (compra, reformas e adaptações)?
- onde está a política para as licenciaturas?
- por que as mídias da universidade não estão à disposição de seus alunos?
- quanto gasta o vice-reitor em suas viagens oficiais?
- quais foram os gastos da reitoria no Restaurante A Moita?
- .... ?
- .... ?
Enfim, tantas perguntas, tão poucas respostas. No fim, quem paga a conta é quem apaga a luz. A questão é saber se continuaremos aceitando isso.
Abraço aos amigos e amigas,
Viegas"

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Em colaboração

Bueno, a vez agora é da colega Liliane (servidora lotada no Departamento de Medicina).

Continuamos de olho!

"Em nossa história de país é muito comum vermos a transferência de responsabilidades, dos que gastam o que não devem para os que não gastam e pouco recebem. Enquanto a corte deleitava-se em festas, bailes e jantares nababescos, a plebe trabalhava, pagava impostos aviltantes e alimentava-se dos restos da nobreza. Não é de se espantar que essa desigualdade social ainda seja uma instituição em nosso país.
Guardadas as devidas proporções, comparo nosso Reitor e seus Conselheiros ao nosso primeiro Príncipe Regente, D. João VI e sua corte que chegaram no país usurpando, desapropriando, aplicando impostos, negando direitos e tantas outras atrocidades.
Transferem para nós a responsabilidade de uma má administração. Não querendo ser preconceituosa, mas é difícil crer que as coisas podem ir bem num lugar onde o pró-reitor de administração tem formação em química, o chefe de gabinete é bibliotecário, o reitor tem formação em engenharia elétrica e o vice é médico. Sem contar os inúmeros profissionais capacitados que temos e estão literalmente desviados de função. Pergunto: onde estão os "administradores" da universidade?
Ao invés de criar estan situação de insatisfação, de falta de vontade e de indignação nos servidores, não seria muito melhor aceitarem que falharam, jogarem a toalha e pedirem ajuda àqueles que realmente sabem o que é gerir uma instituição de ensino? Buscarem ajuda entre os servidores, criar realmente um grupo comprometido com a FURB, o qual desça do salto alto e arregace as mangas para sanar os rombos no orçamento, pondo fim a esse clima horrível que estamos vivenciando, onde o chefe é o inimigo e o servidor é o capacho.
Às vezes sinto que nossos superiores substituiram as chibatas pelas canetas e o tronco pelas resoluções. Os instrumentos mudaram, mas o sentimento de impotência em relação a eles continua o mesmo.

Liliane Cristina Jarschel"