sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Algumas horas com Salim

Bueno,

Duas boas novas:
1-Restabeleceu-se meu sinal de internet e isso me facilita por demais as coisas.
2-Salim Miguel esteve aqui e lançou seu novo romance.

Ontem, após aquilo que, em dados momentos, chamou-se de “dilúvio” (e que nos olhos dos participantes tinha o exagero diminuído), a comitiva do Salim Miguel apresentou-se com algum atraso aos presentes no auditório da biblioteca. Após superar as dificuldades do percurso Floripa-Blumenau, Salim e sua esposa Eglê externavam bom humor. Foram recebidos pelo Vice Reitor, Romero Fenili, e sempre acompanhados pelo Viegas. Na platéia, as histórias do autor mantinham atentos servidores da FURB, estudantes e colegas escritores, como Urda Alice Klueger e Maicon Tenfen.
Salim começou a fala, não abordando o livro e nem a história de vida, mas protestando quanto a um tema bastante relevante. Disse não entender, como os governadores do “sul maravilha” são justamente os que encabeçam a resistência quanto à fixação do piso salarial para a carreira docente. Essa é uma medida de abrangência nacional e poucos governadores se pronunciaram em protesto, entretanto entre os poucos estão os três governadores da região sul. Salim fez referência ao nordeste brasileiro, onde considera-se que a situação é mais precária e os estados mais carentes, numa realidade em que, do norte-nordeste apenas um governador se coloca em desagrado. A crítica foi feita, de forma clara, e durante a palestra sustentada pela posição do autor de que a cultura e a educação são as áreas onde por último se investe, mas são as principais constituintes da história de um povo.
Então Salim contou um pouco sobre sua história como escritor, o processo de produção dos seus textos, desenvolvimento dos personagens, seu relacionamento com os leitores, além de apresentar “Jornada com Rupert”, o lançamento da noite (assim como a 5ª edição de Nur na Escuridão). Muito do que o escritor abordou, está publicado na entrevista que concedeu ao Viegas, publicada no Sarau Eletrônico, entretanto a forma vívida com que Salim se expressa, arrancou sorrisos e manifestações de simpatia do público em diversos momentos.
Após a fala, Salim respondeu a algumas perguntas e concedeu uma sessão de autógrafos.
Particularmente, sempre considerei importante conhecer os autores daquilo que leio (e, frquentemente, me pego lendo após conhecê-los). O contato com o ser humano, em um contexto onde o objeto não é um produto revisto e por vezes acabado, permite uma maior riqueza da análise e atribui um significado diferenciado ao texto propriamente dito. Sinto-me mais íntimo. Nesse sentido, a visita do Salim foi especialmente agradável. Por conta do problema de visão, implicando inclusive em dificuldades de locomoção, trazer o Salim de Florianópolis e sua apresentação tão disposta, além do relato tão humano e envolvente tornaram o evento realmente imperdível. E teve gente que perdeu.
Parabéns à equipe do Sarau Eletrônico, Edifurb e demais setores e servidores envolvidos no lançamento e na visita do Salim.


Continuamos de olho!

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