terça-feira, 30 de setembro de 2008

Mais colaboração

Bueno, hoje com a palavra uma das campeãs de colaboração no blog, dona Carol (ARI).

Continuamos de olho!

"Desde aquelas infames reuniões do CONSAD estive pensado a respeito de muitas coisas e resolvi compartilhar algumas.

A primeira é que a Administração Superior continua achando que sua decisão (e a forma como foi tomada) está correta. Notamos isso quando alguns deles tentam nos dar alguma justificativa ou “acalmar” nossos ânimos. Isso nos mostra que, ou a visão da Administração Superior é muito limitada, ou que eles se acham os donos da verdade, os únicos que sabem o que é melhor para a FURB. O futuro dirá aonde este tipo de comportamento levará a instituição.

A segunda coisa que me incomoda é o fato de terem alterado a resolução sobre a licença prêmio colocando a questão financeira como uma das justificativas. Porém, até agora não nos foi apresentado nenhum dado, e inclusive, naquele CONSAD alegou-se não ser necessário qualquer tipo de explicação e apresentação de planilhas e dados sobre o assunto. Se esta Universidade fosse privada, muito que bem: o dono da “empresa” decide o que vai fazer e pronto. Porém, ao contrário do que alguns acreditam, a FURB não é da Administração Superior. Estas pessoas estão ali para administrá-la temporariamente, mas acho que eles ainda não se deram conta disto.

Assim, se a Administração toma medidas que afetam diretamente os servidores, e sendo uma das justificativas a financeira, todos têm direito de conhecer e entender os cálculos que foram realizados e o quanto de economia esta medida trará para a Universidade. Estamos até agora esperando esta explicação. Será que ela ainda não veio porque simplesmente os cálculos não foram feitos ou porque na cabeça dos “mestres e doutores” da Administração Superior, nós técnico-administrativos não temos capacidade para entender estas questões (e mais uma vez subestimam nossa inteligência)?

Por falar em inteligência, o terceiro ponto a considerar é a questão da valorização dos servidores. Sei que parece palhaçada eu tocar neste assunto, mas lá vai... A Administração Superior ainda não se deu conta de uma coisa: nós técnico-administrativos temos muito conhecimento e experiência naquilo que fazemos; somos um patrimônio importante da Universidade. Temos servidores com experiência em criação, gerenciamento e reconhecimento de cursos, legislação do ensino superior, ensino à distância, atendimento ao estudante, gestão e funcionamento de biblioteca, e em muitas outras áreas. Além disso, não sabemos apenas a teoria, mas também a prática. Somos nós servidores que movemos esta Universidade, e infelizmente a cada dia somos mais desrespeitados e desconsiderados.

O quarto assunto é a velha questão do “se não está feliz, procure outro local para trabalhar”. Bom, volto a afirmar: este argumento serviria se a FURB fosse privada. Porém, sendo ela de caráter público as coisas mudam um pouco de figura. Muitos servidores trabalham na FURB não apenas pelo salário, que, aliás, em uma instituição pública como a nossa de fato se chama vencimento. Contrariando o pensamento de alguns da Administração Superior, os vencimentos não são espetaculares para a grande maioria dos servidores. De curiosa, eu já fui me informar a respeito do assunto. Uma pessoa que desempenha basicamente as mesmas funções, estando apenas 2 anos na empresa já ganha quase o mesmo que eu, que estou a 8 anos na FURB. Então, aquela história de “jogar as mãos para o céu porque trabalha na FURB e recebe vencimento muito acima da média” não procede. Alguém poderia então, voltar à questão: não está feliz, sai. Porém, volto a afirmar: eu (e muitos de meus colegas) não trabalhamos na FURB apenas pelo vencimento. Ele é um aspecto importante, diria o principal, porém não é o único. Eu gosto de trabalhar na FURB, gosto do ambiente, gosto das pessoas e não acho justo que eu tenha que desistir disto, que eu tenha que sair do local onde gosto de trabalhar por causa de uma administração que é temporária. As administrações passam, mas nós ficamos.

O quinto e último ponto foi levantado pelo SINSEPES: o anuênio não está previsto no orçamento de 2009. Só relembrando: o acordo para encerrar a greve no ano passado estabelecia a suspensão do anuênio por 2 anos. O fato é que ele tem que retornar em 2009 e pelo que podemos perceber a Administração Superior não está querendo cumprir o acordo. Isso não me espanta. Basta lermos as propostas de campanha para observarmos que eles têm o hábito de prometer e não cumprir. Porém, vamos aguardar o desenrolar dos fatos. O importante é ficarmos atentos.

Para encerrar, gostaria de pedir a todos que estão incomodados com a situação atual que continuem acompanhando as discussões, que visitem o blog, que participem das assembléias, que escrevam e divulguem suas idéias. Não podemos deixar esta Administração continuar agindo como se a Universidade pertencesse somente a eles.


Carolina"

3 comentários:

Regi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Regi disse...

Carol é uma das maiores revelações de talento político desta Universidade nos últimos tempos. E sabe por quê? Porque ela é lógica e honesta e ponto. Sem trelelê, sem interesse pessoal, sem meias palavras! Queira o movimento que até julho de 2009 - quando enfrentarmos a pedreira do retorno (ou o mais provável não retorno) do anuênio, mais gente tenha tomado essa consciência e exerça esse espírito crítico!
Vamos lá, povo! A mudança é uma possibilidade real!

Anônimo disse...

gente, é isso aí, mas acho que a gente não deve se conformar não !

chega de palhaçada ! se essa gente começar a fazer cagada demais, não precisamos esperar mais dois anos não, vamos pedir a cabeça dessa gentalha !

chega de promessas não cunmpridas e desreipeito ao patrimônio humano da FURB !

greve geral e "impeachment" neles !